O outono teve início neste domingo (20/03) e se estende até o dia 20/06. É caracterizado por ser uma estação de transição e na qual, climatologicamente, há uma diminuição nos volumes precipitados na metade sul do Rio Grande do Sul se comparada com a precipitação que, normalmente, ocorre durante o verão. A climatologia (1961-1990) de precipitação acumulada para abril, maio e junho em Rio Grande é de 51,5mm, 86,9mm e 109,6mm, respectivamente. Também nessa estação passa a ocorrer com maior frequência o avanço de massas de ar frio sobre o Estado e, geralmente, são registrados os primeiros episódios de geadas. Em Rio Grande, as mínimas (máximas) climatológicas são de: 16,5°C (22,9°C) para abril, 13,6°C (19,9°C) para maio e 10,6°C (16,8°C) em junho.
Conforme os últimos relatórios mensais, as anomalias de TSM no Pacífico Equatorial seguem em queda, mas a configuração da fase quente do ENSO ainda persiste. Para os próximos três meses, os prognósticos mais recentes apontam para uma manutenção da fase quente pelo menos até final da estação, embora as anomalias de TSM continuem em queda. Historicamente, fases quentes do fenômeno estão associadas a uma precipitação acima da média sobre o sudeste da América do Sul.
A maior parte dos prognósticos aponta para ligeiras anomalias positivas de precipitação no sudeste da América do Sul nos meses de abril e maio e valores mais próximos a normal climatológica no mês de junho. A figura abaixo é uma projeção do CFS, modelo climático do CPC/NOAA e apresenta as anomalias, em mm/dia, de precipitação para todo o globo.
Com relação as temperaturas, há uma estimativa de anomalias positivas próximas a 1°C nos meses de abril e maio. Para o mês de junho, a maior parte dos prognósticos aponta para valores mais próximos a média climatológica.
Figura: Anomalias de precipitação (mm/dia) para o trimestre ABR/MAI/JUN de 2016 fornecidas pelo modelo CFSv2 do CPC/NOAA.
Diogo Alessandro Arsego
Meteorologista
diogoarsego@furg.br